terça-feira, 25 de março de 2008

A future for Forests

manifestantes do Greenpeace chamam atenção para importação de madeira amazônica ilegal na Europa e ocupam navio em porto francês
http://www.greenpeace.org/international/news/amazon-galina170308

Amazon case study: Action that must be taken to halt deforestation and illegal logging, preserving both forests and climate.

Relatório do greenpeace disponível em:
http://www.greenpeace.org/international/press/reports/future-for-forests

em pdf o arquivo é:
http://www.greenpeace.org/raw/content/international/press/reports/future-for-forests.pdf

sábado, 8 de março de 2008

Queridos alunos

O texto de Lovelock para a próxima aula está disponível em:
http://groups.google.com.br/group/ecolojornal?hl=pt-BR

Peçam para entrar no grupo! Abraços, Barbara

terça-feira, 4 de março de 2008

Plano Ensino 2008 Ecologia e Jornalismo

Universidade Federal de Santa Catarina

Centro de Comunicação e Expressão

Departamento de Jornalismo

PLANO DE ENSINO

Professora: Barbara Arisi

Sala: a definir Horário: 048204

1. Identificação da disciplina

Código

Nome da disciplina

Créditos

Carga Horária

Pré-requisitos

Curso

JOR 5051

cologia e Jornalismo

04

72 h/a

Não há

JOR

2. Ementa

Ecologia. Conceitos e história. Aproximação a conceitos centrais à ecologia a fim de preparar o aluno para praticar jornalismo ambiental.

3. Objetivos da disciplina:

1. Estudar conceitos centrais da Ecologia.
2. Familiarizar-se com a história da Ecologia e do ambientalismo.

3. Analisar a cobertura jornalística sobre temas ambientais no Brasil e em outros países.

4. Exercitar a reflexão e a crítica e preparar-se para a prática jornalística sobre questões ambientais.

4. Conteúdo programático:

Unidade 1 – Apresentação de conceitos.
Unidade 2 – História da ecologia, do ambientalismo e seus marcos.

Unidade 3 – Temas caros à Ecologia e análise da cobertura jornalística – imprensa internacional, nacional, regional e municipal.

5. Metodologia

A disciplina será conduzida através de seminários, com a participação dos alunos na discussão das leituras.

Perguntas: Antes de cada aula, os alunos devem preparar e entregar para todos via uma lista (googlegroups ou wiki, etc) uma pergunta sobre cada leitura obrigatória do seminário em questão. Essas perguntas devem ser elaboradas de maneira reflexiva com a finalidade de estimular a discussão sobre o tema do seminário, sempre com referência às leituras. As perguntas devem ser enviadas com 24 horas de antecedência ao horário da aula, postadas para a lista e enviadas no email da professora.

A professora dará uma introdução no início de cada aula e depois passaremos para a discussão das perguntas dos alunos. A partir das unidades 2 e 3, os alunos serão divididos em 4 grupos; cada grupo será responsável pela apresentação, junto com a professora, das idéias centrais de dois seminários (um na unidade 2 e outro na 3), os demais alunos devem também enviar suas perguntas, do mesmo modo como na unidade 1.

Além da apresentação de autores e textos, haverá espaço para a leitura crítica e discussão sobre algumas produções jornalísticas – matérias, programas de rádio, tevê e web – sobre o tema de cada seminário.

O material teórico e jornalístico será fornecido pela professora, mas sugestões (clipping impresso, internet, radio ou tv) dos alunos serão muito bem-vindas.

6. Avaliação

Freqüência nas aulas, participação e discussão em sala de aula, preparação para os seminários (leitura de textos e envio prévio de perguntas) e avaliações (descritas abaixo).

A nota final será resultado do cumprimento das atividades propostas (perguntas enviadas antes de cada seminário) e das avaliações (resenha, produção jornalística autoral e prova).

Primeira avaliação: resenha de um dos dois livros indicados para esta finalidade (MORIN, 2000; SACHS, 2000). Cerca de 3 mil caracteres.

Segunda avaliação: Produção jornalística autoral em áudio ou texto. Programa de rádio de, no máximo, 10’ ou reportagem de, no máximo, 6 mil caracteres.

Terceira avaliação: Prova.

Quarta avaliação: Perguntas enviadas antes de cada seminário (com 24 horas de antecedência).

Cada avaliação gera uma nota, a média da soma delas resultará na nota final.

O atraso na entrega e/ou apresentação acarretará na diminuição da nota em 20%.

É exigido que os alunos tenham presença em 75% das aulas ministradas.

Nova avaliação: O artigo 26, em seu parágrafo 2o. da Resolução 018/Cun/96, prevê que o aluno, com freqüência suficiente (75% das aulas), que apresentar aproveitamento insuficiente, terá direito a uma nova avaliação prevista no Plano de Ensino, desde que sua média final não seja inferior a 3,0. A nova avaliação abrangerá o conteúdo da disciplina ministrado durante o semestre.

Espero de vocês participação em aula, entusiasmo (!), pontualidade na entrega das avaliações e das perguntas. Aproveitem essa disciplina para aprofundar o conhecimento sobre algum desses temas. Livros são a excelente forma de conhecer a fundo assuntos sobre os quais se entrevista e se escreve. É importante que vocês trabalhem em grupo e preparem, de forma dedicada e inteligente, as produções jornalísticas, as resenhas e estudem para a prova. Vamos aproveitar para aprender sobre ecologia.

OBS: O aluno não deverá ter mais do que 18 faltas, equivalente a 4,5 dias de aula, sob pena de ser reprovado por freqüência insuficiente nesta disciplina conforme resolução 018/Cun/96.

7. Cronograma

UNIDADE 1 – Apresentação de conceitos

Aula 01 – Apresentação da disciplina e do programa.

Ecologia – o que é? Como surgiu?

Mídia, educação ambiental e meio ambiente.

Aula 02 – Meio ambiente, Natureza, Diversidade.

Aulas 03 – Biosfera e Ecossistema.

Aula 04 – Sustentabilidade: crises ecológicas e sociais e gestão de recursos.

Aulas 05 –Ecodesenvolvimento X discurso sobre desenvolvimento sustentável.

Aulas 06 – Etnoconservação – comunidades tradicionais e a natureza nos países tropicais. Diferenças de concepções Norte e Sul.

UNIDADE 2 – História da Ecologia, do ambientalismo e seus marcos

Aula 07 – Estocolmo 1972, Rio 92 e Habitat II 1996.

Ambientalismo no mundo (em especial, no Brasil).

Aulas 08 – Rio + 10, Joanesburgo 2002.

Carta da Terra.

Aulas 09 – Protocolo de Kyoto, Metas do Milênio e Relatório ONU – 2007

Aula 10 – Agenda 21 e questões ambientais locais (Santa Catarina/Florianópolis)

UNIDADE 3 – Temas caros à Ecologia e análise da cobertura jornalística – imprensa internacional, nacional, regional e municipal

Aula 11 – Clima: aquecimento global, comunidades afetadas.

Avaliação 2: entrega da produção jornalística autoral

Aula 12 – Biomas: Floresta Amazônica e Mata Atlântica.

Aulas 13 – Água: recurso ou bem universal? Abastecimento e saneamento.

Aula 14 – Energia: biomassa, gás natural, combustíveis fósseis, hidrelétricas (grandes e PCHs), alternativas (eólica, solar, etc) e nuclear.

Aula 15– Avaliação 3: Prova.

Aula 16 – Video documentário e debate (se possível, com convidado).

Aula 17 – Divulgação das notas

Aula 18 - Reavaliação

Bibliografia

ABREU, Míriam Santini de. 2005. Quando a Palavra Sustenta a Farsa: o discurso jornalístico do desenvolvimento sustentável. Florianópolis: EDUFSC.

CAMARGO, Aspásia et alli (org). 2002. Meio Ambiente Brasil: avanços e obstáculos pós Rio-92. São Paulo: Estação Liberdade:Instituto Socioamebiental; Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas.

DELEAGE, Jean Paul. 1993. História da Ecologia: uma ciência do homem e da natureza. Lisboa, Portugal: Dom Quixote.

DIEGUES, Antônio Carlos. 2001. Ecologia Humana e Planejamento em Águas Costeiras. 3ª ed. São Paulo: HUCITEC, NUPAUB – Núcleo de Apoio à Pesquisa sobre Populações Humanas em Áreas Úmidas Brasileiras/USP.

_______, Antônio Carlos. 2000a. O Mito Moderno da Natureza Intocada. 3ª ed. . São Paulo: HUCITEC, NUPAUB – Núcleo de Apoio à Pesquisa sobre Populações Humanas em Áreas Úmidas Brasileiras/USP.

_______, Antônio Carlos (org.). 2000b. Etnoconservação: novos rumos para a proteção da natureza nos trópicos. São Paulo: HUCITEC, NUPAUB – Núcleo de Apoio à Pesquisa sobre Populações Humanas em Áreas Úmidas Brasileiras/USP.

FERREIRA, Leila da Costa & VIOLA, Eduardo (orgs.). 1996. Incertezas da Sustentabilidade na Globalização. Campinas: Editora da Unicamp.

GONÇALVES, Carlos Wagner Porto. 1998. Os (des)caminhos do meio ambiente. São Paulo: Contexto.

LITTLE, Paul (org.). 2003. Políticas Ambientais no Brasil. São Paulo: Petrópolis; Brasília, DF: IIEB – Instituto Internacional de Educação no Brasil.

McCORMICK, John. 1992. Rumo ao Paraíso: a história do movimento ambientalista. Rio de Janeiro: Relume Dumará.

MORIN, Edgar. 2000. Saberes Globais e Saberes Locais: o olhar transdisciplinar. (participação de Marcos Terena). Rio de Janeiro: Garamond.

NASCIMENTO, Elimar Pinheiro do & VIANNA, João Nildo. 2007. Dilemas e desafios do desenvolvimento sustentável no Brasil. Rio de Janeiro: Garamond.

SACHS, Ignacy. 2000. Caminhos para o Desenvolvimento Sustenatável. Rio de Janeiro: Garamond.

TRIGUEIRO, André (coord.). 2003. Meio Ambiente no Século 21: 21 especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. Rio de Janeiro: Sextante.

VIEIRA, Paulo Freire et alli (org.). 1998. Desenvolvimento e Meio Ambiente no Brasil: a contribuição de Ignacy Sachs. Porto Alegre: ed. Palotti; Florianópolis: APED.

Outros livros e textos serão indicados ao longo do semestre. Será identificada com antecedência de duas semanas as leituras obrigatórias para cada seminário.

Sites relacionados:

www.abong.org.br – Associação Brasileira de Organização Não Governamentais

www.isa.org.br – Instituto Socioambiental

www.andi.org.br – Agência de Notícias dos Direitos da Infância

www.adital.com.br – Agência de Notícias América Latina e Caribe

www.pnud.org.br – Plano das Nações Unidas para o Desenvolvimento

www.onu-brasil.org.br – Nações Unidas no Brasil


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Na Holanda, não tem saquinho no super!


Na Holanda, você embala suas compras ou na sacola que você traz de casa ou em caixas de papelão que ficam empilhadas na saída dos supermercados. As mesmas caixas que trouxeram das fábricas os produtos serão reutilizadas para levá-los embora. As caixas serão depois usadas pela terceira vez para armazenar o lixo seco em casa durante uma semana (mais ou menos) e para transportá-lo para os coletores de lixo separado que existem a cada conjunto de quadras em todos os bairros. Além de evitar as malfadas sacolinhas de plástico, as caixas são perfeitas para quem anda de bicicleta, bem mais fáceis de transportar equilibradas no guidão ou presas no banco do passageiro com um elástico. Ah, se você quiser, o supermercado vende umas sacolas feitas de lona, mas custam caro e, dependendo de com quem você anda, pega meio mal socialmente... Os holandeses costumam levar a sua de pano dentro da bolsa.

Fotinho da minha filha jogando embalagem no coletor em Maastricht, sul da Holanda. 2006

Viva os loucos que odeiam as sacolinhas plásticas!!!

Box de reportagem da revista Página22 - FGV- setembro 2007:
O MUNDO DE SACO CHEIOTAXAR, SUBSTITUIR OU BANIR: VÁRIOS PAÍSES BOICOTAM A ONIPRESENÇA DAS SACOLAS A conservação do meio ambiente é um dos pilares da felicidade no Butão, onde se mede desenvolvimento pela Felicidade Nacional Bruta em vez do Produto Interno Bruto. Faz sentido, então, que no Butão sejam proibidos o uso e a venda de sacolas plásticas. Feitas a partir do petróleo e com longo tempo de decomposição, elas degradam o meio ambiente e, portanto, a felicidade nacional. O boicote vigora desde 1999, ano em que outros locais também começaram a prestar atenção aos aparentemente inofensivos sacos plásticos. A ilha francesa da Córsega e Khumbu, região do Nepal que abriga o Monte Everest, também baniram as sacolas em 1999. A partir daí, outros se juntaram ao grupo: Taiwan, Bangladesh, Ruanda, partes da Índia e África do Sul, onde usar plástico para carregar as compras pode dar cadeia. Adesão recente foi a da cidade de San Francisco, que este ano proibiu grandes supermercados de oferecer sacolas plásticas aos consumidores. É a primeira cidade a banir o plástico nos EUA, templo do consumo moderno que usa cerca de 100 bilhões de sacolas por ano, com custo estimado de US$ 4 bilhões para os comerciantes. Na maior parte do país, o consumidor é apenas instado a escolher: Paper or plastic? Em vez de boicote, alguns preferem uma pinçada no bolso para incentivar a mudança de comportamento. A Irlanda consumia 1,2 bilhão de sacolas por ano até que o governo instituiu, em 2002, a PlasTax, uma taxa de 15 centavos de euro por sacola, a cargo do cliente. A reação foi imediata, com queda de 90% no consumo de sacolas em 2003, mas não duradoura. O uso do plástico voltou a aumentar e, embora não tenha alcançado patamar pré-2002, o governo agiu de novo. Este ano, elevou a taxa para 22 centavos e tenta convencer a população de que esse, ao contrário dos demais, é um imposto que se deve evitar pagar. Mesmo assim, estima-se que tenha recolhido cerca de 50 milhões de euros desde o início da cobrança — os recursos são destinados a projetos ambientais. Na Alemanha, não há política oficial, mas a maioria dos supermercados cobra, há anos, de 5 a 25 centavos de euro por sacola. Outra estratégia foi escolhida pelos australianos, que em 2005 usaram 3,92 bilhões de sacolas. O governo, em consulta com a indústria e o comércio, instituiu em 2003 um código de práticas com prazos e percentuais para a redução do número de sacolas oferecidas pelos grandes supermercados — 25% em 2004 e 50% em 2005. Determinou ainda que pelo menos 15% dos itens fossem coletados e reciclados. A redução chegou a 41% em 2005, mas a reciclagem ficou bem abaixo da meta, em 3%. Enquanto o governo australiano considera banir as sacolas ou impor uma taxa no estilo irlandês, a campanha para educar o consumidor continua, sob o slogan: “Coloque um meio ambiente melhor na sacola”. E seja feliz! – por Flavia Pardini
Para ler toda reportagem, acesse: http://www.pagina22.com.br/index.cfm?fuseaction=reportagem&id=25